A atividade nos 19 países que usam o euro desmoronou, conforme os países determinaram paralisação de serviços para conter a propagação da doença.
A atividade empresarial entrou em
colapso da Austrália e do Japão à Europa Ocidental em um ritmo recorde em
março, à medida que ações para conter o coronavírus golpeiam a economia
mundial.
Nos Estados Unidos, a atividade de
negócios recuou ainda mais em março, atingindo uma mínima recorde, com a
pandemia de coronavírus pressionando os setores de manufatura e serviços e
reforçando a visão dos economistas de que a economia norte-americana já está em
recessão.
O IHS Markit disse nesta
terça-feira que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês
Composto preliminar caiu para uma leitura de 40,5 este mês. Esse foi o nível
mais baixo de todos os tempos, ante 49,6 em fevereiro. Uma leitura abaixo de 50
indica contração.
“O surto de coronavírus representa
um grande choque externo para a perspectiva macro, semelhante a um desastre
natural em larga escala”, disseram analistas do BlackRock Investment
Institute em nota.
A atividade nos 19 países que usam
o euro desmoronou, conforme os países determinaram paralisação de serviços para
conter a propagação da doença, fechando lojas, restaurantes e escritórios.
O dado preliminar do PMI composto
do IHS Markit para a zona do euro –visto como um bom indicador de saúde
econômica– desabou a uma mínima recorde de 31,4 em março.
Essa foi de longe a maior queda de
um mês desde que a pesquisa começou em meados de 1998 e veio abaixo de todas as
previsões de uma pesquisa da Reuters, que havia mostrado leitura de 38,8, pela
mediana das estimativas.
O IHS Markit disse que os números
de março sugerem que a economia da zona do euro está encolhendo a uma taxa
trimestral de cerca de 2%, e a escalada das medidas para conter o vírus poderá
agravar a crise.
No Japão, as pesquisas do PMI
mostraram que o setor de serviços encolheu em seu ritmo mais rápido já
registrado neste mês e que a atividade fabril contraiu na velocidade mais
rápida em uma década.
Os dados são consistentes com uma
retração de 4% em 2020, disse o economista sênior da Capital Economics, Marcel
Theliant. O adiamento das Olimpíadas de Tóquio deve causar um duro golpe à
terceira maior economia do mundo.
Estímulo infinito
Com a maioria dos mercados
financeiros afundando, os bancos centrais globais vêm adotando medidas
extraordinárias quase diariamente para deter o colapso.
Mas alguns analistas dizem que a
flexibilização infinita da política monetária pode não ser suficiente e as
etapas fiscais são cruciais. O mais recente esforço dos EUA nessa
frente permanece estagnado no Senado, pois os democratas disseram que o
pacote analisado reservava muito pouco dinheiro para hospitais e limites
insuficientes de financiamentos a grandes empresas.
“Para que a economia norte-americana possa sair da crise atual e da recessão
relativamente ilesa, serão necessárias intervenções de política mais radicais
nas próximas semanas”, disse Anna Stupnytska, chefe global de estratégia
macro e de investimentos da Fidelity International.
(Reportagem de Jonathan Cable em
Londres and Michael Nienabar em Berlim)
Fonte: Site Exame
Fale
com a gente:
Redação.smartbusiness@gmail.com
Comentários
Postar um comentário
Muito obrigado por sua visita ao nosso site! Sua opinião e comentários são fundamentais para que possamos produzir novos conteúdos