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Guia de Investimentos para Iniciantes em 2021

 

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Dólar, Bitcoin, Bolsa de Valores, Fundos Imobiliários? Especialista explica como e onde começar a investir com rentabilidade em 2021!

 

É fato que nos últimos 5 anos (mais ou menos) tem aumentado de forma exponencial o número de brasileiros que diversificam seus investimentos, abrindo mão dos tradicionais “bancões” e poupança, e indo em busca de outras fontes mais rentáveis e lucrativas.

A chegada dos bancos e corretoras digitais que já fazem parte do cotidiano de muitos de nós, aliado ao “BOOM” de conteúdos produzidos por sites, blogs, e youtubers, direcionado exclusivamente para ajudar quem está iniciando na jornada investidora, foi fundamental para abrir nossos olhos sobre o “complexo” mercado financeiro, e ajudar neste processo de quase catequização de uma sociedade que não aprendeu a investir, e que só agora começa a entender que o seu suado dinheirinho pode ser multiplicado, desde que aplicado de forma correta.

Apesar dos temas relacionados a investimentos serem alguns dos mais pesquisados na internet durante a pandemia, e do número de brasileiros que investem na bolsa ter subido de forma inédita na história do país, ao todo, apenas cerca de 3% dos brasileiros tem investimentos em ações, por exemplo. Esse número indica que mesmo diante de um cenário aquecido para oportunidades e com muita informação e conhecimento para desmitificar alguns preconceitos e mitos sobre aplicações e investimentos, o brasileiro em sua maioria ainda se mostra reticente, e prefere deixar o dinheiro no colchão a aplicar.

Muitos fatores são preponderantes para este cenário, entre eles, o medo... Muita gente ainda não se sente confortável investindo em bancos digitais (sem agência física), ou em aplicações intangíveis e aparentemente difíceis de compreender. Mas, mesmo assim, o brasileiro começa a se familiarizar com o mercado de investimentos, e tem cada vez mais buscado informação e conhecimento para não cair em armadilhas e conseguir alcançar a tão almejada independência financeira.

Mas, para aqueles que ainda acreditam que investir é coisa apenas para quem já tem muito dinheiro, ou, imagina que se trata de um tema complexo e cheio de “falcatruas” escondidas, decidimos dar uma “mãozinha” para quem está chegando neste universo e precisa de ajuda nos primeiros passos.

Afinal de contas, diante de tantas possibilidades e promessas de retornos, quais as melhores estratégias para quem está começando?

Pensando nisso, conversamos com Rodrigo Cohen, investidor profissional (CNPI-T) e cofundador da Escola de Investimentos, especialista que é referência no mundo dos investimentos. Neste bate papo especial, Rodrigo nos apresentou uma espécie de Guia de Investimentos para Iniciantes em 2021, com dicas e orientações sobre Dólar, Bitcoins, Fundos Imobiliários, Bolsa de Valores, e outras formas de investimentos e aplicações que estão disponíveis para a grande maioria dos brasileiros, mesmo para aqueles que ainda acreditam ser impossível investir.

Nesta matéria especial vamos te ajudar a desmitificar alguns temas, e você vai entender como funciona cada uma das aplicações e investimentos mais comentados no momento, além de saber o que fazer e não fazer para que o seu dinheirinho de todo mês se torne uma poderosa fonte de renda.

 

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Rodrigo Cohen

  

Confira a entrevista completa:

 

Rodrigo, vamos começar por um tema que afeta diretamente a rotina e economia doméstica dos brasileiros, o dólar! Qual sua perspectiva para o preço em 2021? Este ainda é um bom momento para comprar e investir na moeda norte-americana, visto que o real se desvaloriza com muita velocidade?

O que a gente tem de perspectiva do dólar agora é a queda, devido a alta dos juros. Tivemos um aumento da taxa Selic de 0,75%. O Banco Central tem, hoje, a taxa de juros em 2,75 % e temos a expectativa de, no mínimo, subir mais 0,75% na próxima, podendo subir a 1%, ou seja, há a possibilidade dos nossos juros, que estavam em 2%, chegarem a  3,75% ou 3,5% daqui a 40 dias, mais ou menos. Há quem diga que os nossos juros vão chegar, até ao final do ano, a 6% e, com isso, a gente empurra, automaticamente, o dólar para baixo.

As operações conhecidas como swap cambial, que o Banco Central faz, são exatamente isso: a compra de juros e venda de dólar ou a compra de dólar e venda de juros (swap reverso).

Nesse caso, com esse cenário dos juros subindo até o final do ano, a gente tem o dólar na contramão. Então, a expectativa, em virtude desse cenário, principalmente dos juros e da autonomia do Banco Central e do novo modelo que o dólar tem aqui no Brasil, é que a gente tenha um dólar acredito que valendo de R$4,50 a R$5,00 para 2021.

 

 

Um dos temas mais comentados recentemente são os Bitcoins! Como você vê este mercado? Na sua opinião, eles ainda são uma oportunidade para quem tem um dinheiro guardado e deseja começar a investir? Você acredita que este tipo de investimento será uma forte tendência para os próximos anos, ou uma bolha prestes a estourar?

Eu invisto em bitcoin desde 2017 e sempre achei que é um bom investimento. Não é o único e nem o maior, porque é um investimento muito volátil, mas que vem se tornando, cada vez mais, uma reserva e uma moeda. Acho que, com cada vez mais empresas e países adotando bitcoins/criptomoedas como moedas, de fato, e como fonte de troca e de reserva, a expectativa é que suba cada vez mais.

Como toda moeda no mundo ou como toda fonte de renda variável, existe, obviamente, uma volatilidade, uma oscilação. Então, pode despencar em alguns momentos, como qualquer ativo. Mas, a minha expectativa é sempre alta e está no longo prazo. Eu invisto  hoje em dia e acredito que é um bom investimento para longo prazo, como mais um e não como único, principal ou a maior parte vindo dele. Sou muito a favor da diversificação, ainda mais pelo bitcoin ser um ativo de renda variável, bem volátil, com risco mais alto.

 

 

Para quem deseja entrar na Bolsa de Valores e começar a investir em ações, quais as melhores opções para começar a montar sua carteira? Investir em empresas Estatais continua sendo um bom negócio? Quais outras ações você indicaria neste momento para quem está chegando no mercado?

Para quem começa a investir na bolsa agora, eu acredito que a visão do longo prazo sempre é importante. Existem diversas casas de análise, chamadas casas de research, ou as próprias corretoras, que emitem relatórios com boas oportunidades de compra de ações de empresas sólidas.

Você não tem que olhar todo dia a cotação da empresa, porque quando você investe em imóvel, por exemplo, você não olha todo dia e pede para o seu corretor avaliar o imóvel, porque, senão, algum dia pode não ter comprador e seu imóvel cairia muito de preço, só iria ser avaliado pelo preço do melhor comprador. Mas, com ações isso acontece, sim, porque, às vezes, realmente, não tem gente interessada em pagar tão caro por aquela ação, por isso que ela cai. Então, acho que as pessoas devem ter essa visão em ações para o longo prazo.

É uma boa opção investir em empresas, pois a expectativa é sempre delas crescerem, como a economia de qualquer país cresce. Os países produzem, então, as empresas também produzem e, com isso, elas sempre crescem. E, mesmo em momentos eventuais de queda, as bolsas seguiram subindo.

Em relação às Estatais, eu acho que não se deve olhar só pelo prisma de ser Estatal ou não, mas pelo valor justo da ação. Então, se você tem uma ação negociada na Bolsa a qual o valor negociado é menor do que o seu valor patrimonial, se você vendesse todos os ativos da empresa, você teria uma boa oportunidade para comprar, com ativos subvalorizados. É esse ponto que eu acho que vale a pena ser focado, independentemente de ser Estatal ou não.

É óbvio que com as empresas estatais, como a Petrobrás e o Banco do Brasil, entre outros, você acaba tendo um risco embutido maior. Mas, em compensação, o seu prêmio de risco pode ser maior também. Pode ter uma volatilidade ou uma oscilação em momentos difíceis, mas, em compensação, são nesses momentos que você pode comprar uma empresa mais barata, porque ela continua valendo o que ela vale, porque ela continua produzindo o que ela produz, distribuindo, dividindo, etc., independente da mão do Governo em cima dela. Eu acho que vale muito a pena, sim, investir em uma empresa, independentemente de ser estatal ou não.

Outras ações que eu indicaria nesse momento, para quem está chegando, são as empresas sólidas, os bancos grandes, como Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, entre outros. Além da Petrobras, eu acho também que pode se investir na Vale, uma empresa muito boa, ou colocar numa CSN, Usiminas, entre outras empresas que são sólidas, sustentáveis e conhecidas, pois costumam distribuir bons dividendos.

 

 

Quais os principais cuidados que você aponta para quem vai começar a investir no mercado de ações?

Primeiro de tudo, é importante a pessoa não achar que vai ficar rica da noite para o dia. Ninguém fica, não existe isso. Há muito caminho a ser percorrido até chegar a um alto patamar.

Mais uma vez, eu bato na tecla e digo que quem começa a investir tem que focar sempre no longo prazo e não acreditar em alguém que vai oferecer um ganho garantido, porque na renda variável (no caso, na Bolsa), não existem ganhos garantidos. Se alguém oferecer isso, fuja!

A pessoa tem que olhar as instruções, procurar na internet, ver se tem muita reclamação  ou não... Eu sempre faço isso, acho interessante e hoje, com a internet, dá para ter uma fonte boa de pesquisa para que você saiba a confiança de onde você está investindo.

Outra dica é escolher um banco para alguns tipos de investimento, especialmente as corretoras, para investir na Bolsa. Hoje em dia, elas estão sendo credenciadas aqui na nossa Bolsa, pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Assim, a pessoa tem uma garantia de que seu dinheiro vai estar seguro lá dentro.

 

 

Na sua opinião, qual a melhor estratégia para ser adotada por quem diz "não conseguir guardar dinheiro" iniciar sua jornada no mercado de investimentos?

Quem diz que não consegue guardar dinheiro, até é possível, realmente. Se a pessoa se mantiver na zona de conforto, ela não vai conseguir guardar dinheiro. Agora, imagina que essa pessoa na zona de conforto, de alguma forma, se capacitou e conseguiu um aumento ótimo ou mudou de emprego e está ganhando mais. Ou ela empreendeu, está com algum novo negócio que está lhe rendendo um bom dinheiro. O grande problema é que essa pessoa ficou tanto tempo presa, engessada, sem poder realizar os sonhos dela, porque ela tinha que pagar o que ela ganhava e não lhe sobrava nada e, com isso, viu várias oportunidades passarem e não pôde aproveitar. E, em um momento desses, ela aumenta o padrão de vida dela e, novamente, essa pessoa gasta o que ganha e não economiza/guarda. Deu na mesma.

Então, acho que o primeiro ponto é a pessoa conseguir ganhar mais de alguma forma e isso é possível, sim. Se outras pessoas conseguiram, para ela também é possível, basta sair de sua zona de conforto e correr atrás. Agora, quando aumentar seu padrão de vida, eu acho que vale a pena ela fazer um meio termo, ou seja, quando aumentar o salário, o seu ganho, ela aumentar um pouco o seu padrão de vida com uma parte e a outra ela pegar e juntar. Eu, graças a Deus, hoje consigo, depois de muito esforço, juntar, pelo menos, 50% do quanto ganho. Com isso, consigo ver meu dinheiro crescer. Porém, infelizmente, tem pessoas que não conseguem mesmo, mas a solução está aí.

 

Guia-de-Investimentos-para-2021-Rodrigo-Cohen

Apesar do aumento no número de brasileiros investindo na bolsa de valores e outras aplicações financeiras, ainda existe uma grande parcela da população que só confia na poupança e no "bancão". Por que você acredita ainda haver este pensamento?

Eu acredito que a maioria das pessoas não investe em Bolsa de valores ou aplicações financeiras por falta de conhecimento total, por ignorância e por zona de conforto, porque é mais fácil ir direto ao banco e colocar na poupança, como os pais, avós e bisavós já faziam no passado e ensinaram que era supostamente melhor dessa forma, do que elas resolverem tomar conta das suas vidas e do dinheiro que elas, de forma tão suada, ganham. 

O fato é que a poupança hoje, com juros atuais e com a inflação atual, perde poder de compra a cada ano, se comparada com aplicações financeiras um pouco mais sofisticadas ou com a própria Bolsa, historicamente, tem ganhado em relação à inflação e aos preços dos produtos. O fato aqui não é o medo de perder dinheiro na Bolsa e, sim, a falta de conhecimento.

Uma forma de provar isso é que em 2018/2019, quando o bitcoin começou a subir e atingir patamares históricos, a gente atingiu um número de investidores em bitcoin maior do que a gente tinha na Bolsa, com todo o histórico dela de tempos para trás. Bitcoin é arriscado? Claro que é! Mas, como eu disse, acredito que o problema é a falta de conhecimento das pessoas, não o medo, porque, se fosse por medo, as pessoas também não colocariam dinheiro no bitcoin, esse é o ponto.

 

 

Quais você considera como os principais fatores para essa mudança no perfil de investimentos dos brasileiros? Democratização de Investimentos, Youtubers e Blogs especializados em finanças acessíveis ao grande público, Open Banking, corretoras e bancos digitais, etc...

Acho que o mundo digital, o computador, o acesso à informação, os youtubers e influenciadores digitais, de uma forma geral, assim como os bancos, correram atrás, o que facilitou muito  a democratização do conhecimento. Existe uma oferta, hoje em dia, muito maior que existia no passado, de treinamentos, cursos, capacitações, plataformas e até de corretoras com mais acesso e mais facilidade.

Eu lembro que, quando me cadastrei em  uma corretora pela primeira vez, para operar ações, comprar, vender ações, lá pelos anos 2000, o cadastro eu tive que preencher, tive que imprimir várias páginas, assinar, rubricar e mandar pelo correio para a corretora. Demoraram vários dias para o corretor me responder que estava tudo ok. Hoje em dia, a pessoa se cadastra em uma corretora online, seja pelo computador ou pelo celular e, no segundo seguinte, recebe um e-mail dizendo que está tudo ok e que ela pode começar a investir. Então, não tem nem comparação como era antigamente.

 

 

Um dos grandes mitos sobre o mercado de investimentos é que só é possível começar depois de juntar muito dinheiro. Neste caso, gostaria de propor um cenário para exemplificar possibilidades aos nossos leitores.  Na situação a seguir, quais investimentos ou aplicações você realizaria com os valores mensais:

- R$100,00

- R$500,00

- R$1.000,00

- Vendi meu carro e tenho R$20.000,00 para investir

Hoje eu faço muito isso com a minha equipe. Eu tenho um grupo no WhatsApp com mais de 20 pessoas, que são as pessoas da empresa que eu sou sócio, onde eu sempre promovo e incentivo que eles invistam. Quando, por exemplo, tem distribuição de bônus, eu falo: “Cada um vai fazer com o bônus o que quiser, mas, sugiro que peguem, no mínimo, 50% para investir. Pague suas dívidas primeiro, e depois use o dinheiro para se divertir, comprar algum presente para você ou para outra pessoa etc., mas coloque, pelo menos, 50% disso para investir”.

O que eu incentivo a eles, hoje, é investirem, nesse momento, em fundos imobiliários, onde, a partir de R$100, eles podem investir. Fundos imobiliários são fundos de investimento que são imóveis físicos ou títulos imobiliários emitidos por construtoras ou por bancos. Cada um desses paga para quem investe alguma coisa.

Por exemplo, vou investir em um fundo imobiliário de um shopping. A partir do momento que eu compro uma cota, automaticamente, eu sou detentor de uma cota, de um espaço daquele shopping, como fosse um espaço virtual, não um espaço específico. Então, com isso, eu tenho direito em receber, por exemplo, um aluguel, porque o lojista vai pagar aluguel para o shopping e, automaticamente, eu tenho direito a isso.

Então, a meu ver, fundos imobiliários, atualmente, são a melhor alternativa para quem está começando, porque a pessoa recebe um aluguel, que muitas vezes, é muito bom. Existem aluguéis de 0,5% em relação ao seu valor da cota, que representa mais que um aluguel atualmente, ou até mesmo aluguéis de 1% que a pessoa recebe por mês.

Se compararmos isso com tesouro direto, por exemplo, acho que é bem interessante. Um tesouro de renda fixa Selic está pagando 2,75% ao ano, enquanto com o fundo imobiliário se consegue, às vezes, até 1% ao mês. Tem o risco de pagar um aluguel menor alguns meses e estar contando com aquele dinheiro e tem risco também da cota cair, mas a pessoa tem que pensar sempre a longo prazo, então, isso, na minha opinião, vale sim para o iniciante, já que ele começa, todo mês, a ter um aviso da corretora. A corretora avisa se ele recebeu provento ou se teve dividendo e ele começa a se habituar com aquilo e passa a lembrar de colocar mais dinheiro pois, quanto mais ele investir, mais dividendos ele gera. Isso vale para R$100, R$500 ou R$1000.

Em relação ao carro, isso é muito pessoal e, geralmente, quem está começando, é mais conservador. Eu acho que valeria a pena colocar, por exemplo, metade no tesouro direto ou em um fundo de investimento que rende a taxa selic e a outra metade eu me aventuraria em fundos imobiliários que, montando uma carteira, dá mais de 1% ao mês, o que é muito dinheiro hoje em dia, com o fundo lá embaixo.

 

 

Hoje em dia, há uma infinidade de "gurus" e especialistas produzindo conteúdo sobre finanças e investimentos, onde costumam apresentar resultados fora da curva, e muitas vezes vendendo a "fórmula mágica" para quem quer ganhar dinheiro. Como você vê este mercado de conteúdo, e quais veículos você indica como os melhores para quem deseja se manter informado e antenado em investimentos, aplicações, etc…

Realmente, há uma infinidade de “gurus” produzindo esse conteúdo e cada um tem resultado melhor do que outro. Eu me incluo, não nesses “gurus”, mas nessa leva de pessoas que buscam trazer conhecimento para o público. Só que, infelizmente, os que são do bem acabam, muitas vezes, sendo confundidos pelos que não são. Inclusive, já falei que o ideal seria que a gente tivesse um selo de verificação para quem, realmente, pode ensinar e para quem não pode. Eu sou analista de valores mobiliários, o título que eu tenho é analista CNPI e vale por 5 anos. Eu posso emitir relatórios, mostrar o que estou fazendo e tenho a permissão da Bolsa para fazer isso, diferentemente de pessoas que não têm permissão e fazem o mesmo.

As pessoas acabam mostrando, infelizmente, só as coisas que acertaram, não as coisas que elas erraram, então isso é uma coisa bem complicada, porque todo mundo erra e temos que mostrar tudo, não só o que acertamos. Isso acontece porque o ser humano é deslumbrado, ele vê a figura de um carro bonito e acha que a pessoa comprou o carro com conhecimento técnico dele, só que, na verdade, ela comprou carro com o curso que ele vendeu. Porém, ele acaba levando as pessoas para comprarem o curso dele, porque acham que, se comprarem o curso, vão poder depois ter essa liberdade, esse carro ou esse status que essa pessoa tem.

Eu acho que o ideal é buscar profissionais que sejam certificados, pois isso traz, pelo menos, uma autoridade para a pessoa. Profissionais que elas verifiquem os comentários que são feitos a respeito deles, vejam como é que eles são vistos no mercado; profissionais que tem embasamento teórico comprovado, que tenham passado por grandes instituições. Eu, por exemplo, trabalhei em corretoras, eu não vim do nada. Agora, vejo pessoas que apareceram do nada, começaram a ensinar porque viram que vão ganhar dinheiro ensinando. Então, é complicado.

Porém, não tem uma regra. A regra ideal seria ter um selo, que poderia ajudar as pessoas de verdade. Consuma primeiro o conteúdo gratuito das pessoas. Se você achar que é bom, você vai fazer o curso dessas pessoas, desde que, realmente, elas tenham embasamento e façam sentido pra você.

 

 

Você considera que atualmente há uma "glamourização" de profissionais como Traders, por exemplo. E que, em muitos casos, isso provoca uma frustração para quem entra no mercado, acreditando que é tudo muito rápido e fácil? Aliás, por que tanta gente ainda acredita que ganhar dinheiro no mercado financeiro é fácil?

Pode ser, mas, na vida real, na conta real, sabemos que não é nada glamour. Eu trago isso para todo mundo. Eu mesmo brinco com os professores de trade, que mostram carros, viagens de avião de primeira classe, uma casa de praia linda. Teve um caso de um trader, não sei se é americano ou inglês, que ele foi preso, pois ele tirava esses tipos de fotos e era uma propaganda enganosa total.

Quem é trader sabe que não existe glamour nenhum, é um dia após o outro, às vezes, ganhando, as vezes perdendo, lutando, suando, se sacrificando, é uma vida muito chata. Às vezes, você tem que esperar por horas para poder entrar em alguma operação que realmente seja boa. Eu mesmo não faço todos os dias, mas quando eu acho interessante.

É uma profissão como qualquer outra e que eu acho que, às vezes, você acaba se sacrificando, vivendo a vida do outro, sendo que outro não construiu aquele jardim do jeito que você acha que ele construiu. Então, o ser humano, ele, geneticamente, busca por recompensas que sejam mais rápidas. O melhor atalho para o trade é o longo prazo.

 

 

Qual a dica mais valiosa para quem está iniciando no mercado financeiro?

A dica mais valiosa tem muito a ver com a pergunta interior: é você não ter pressa. As pessoas, infelizmente, têm pressa em ganhar dinheiro e depositam tudo.

Eu, por exemplo, invisto em criptomoedas para longo prazo, como uma das minhas fontes de diversificação. Realmente, dá dinheiro, porque está subindo, mas não da forma como muitos vendem que sobe e com o ganho que, muitas vezes, é oferecido para as pessoas. Quando se fala de renda variável, não há como garantir nada, porque, justamente, ela varia, não é renda fixa.

Há muitos casos como esses que são, na verdade, uma coisa chamada pirâmide. Temos vários exemplos na história  de pessoas que, simplesmente, iam pegando dinheiro de outros, prometendo ganhos, porque, realmente, parece uma coisa que vai mudar sua vida e você acha que só você é uma pessoa esperta. Mas, na verdade, você está colocando dinheiro, outra pessoa está também e, quem te ofereceu, está pagando você com o dinheiro dos outros e não com a rentabilidade dos negócios. Chega uma hora que a casa cai, que a pirâmide despenca. Você está roubando de alguém sem saber, está pegando de outra pessoa que acabou de investir lá, está simplesmente trocando de mãos o dinheiro, não fazendo rentabilidade.

O ser humano tem essa ideia de querer ganhar dinheiro rápido. Então, novamente, essa é a principal dica que eu daria: o dinheiro sempre vai ser para o longo prazo, continue trabalhando e use o investimento como mais uma fonte de renda.

 

 

Quais as suas perspectivas para o Brasil em 2021, diante do atual cenário da economia, emprego, negócios e investimentos? Este ano será ainda pior que 2020?

Eu sempre penso para o bem em relação a esse tema. Mesmo com o cenário conturbado, no final, sempre existe uma luz no fim do túnel, sempre. Eu acho que o ano de 2021 começou mal, mas vai fechar bem. Eu sempre penso que, igual a 2020, é melhor um bom final do que um bom início.

Na minha opinião, uma vez o governo aprovando as reformas, que tem várias em pautas já, com a gente tendo eleições novas no Senado, na Câmara, acredito que essas mudanças que tiveram de presidência  estão favorecendo que a máquina possa andar aqui no  Brasil. A gente, tem tudo para ter um 2021 muito melhor, pois agora estamos preparados, teoricamente, muito mais do que estávamos em 2020, tanto no Brasil como no mundo como um todo. Temos pacotes de estímulos, acabaram de ser aprovados mais três trilhões de dólares, Biden está fazendo um bom trabalho, por enquanto, e todo mundo está correndo atrás para poder recuperar o que foi em 2020. A China já se recuperou totalmente, o PIB lá já mostrou crescimento. Na minha opinião,  é só o Brasil fazer o “arroz com feijão” que, com certeza, a gente tem chance de fazer um 2021 melhor que 2020.

 

 

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Fonte: Redação Smart Business

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Comentários

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