Em meio aos reflexos provocados pela pandemia no varejo, especialista aponta se o tradicional modelo de lojas físicas deixará de existir em breve.
Artigo Escrito por: Jefferson Araújo
Não há como
falar de varejo sem citar o atual momento que estamos vivendo e a crise que o
setor está enfrentando. A pandemia do novo coronavírus trouxe muita insegurança
para os lojistas, principalmente para aqueles que possuem estabelecimentos
físicos, pois diante de tantas incertezas fica a dúvida de como agir de forma
rápida para que as lojas físicas não sejam extintas. Afinal, quem não gosta de
provar uma roupa, experimentar uma maquiagem ou até mesmo um alimento antes de
comprá-lo?
A verdade é que esses empreendimentos tiveram que se adaptar a um cenário
totalmente diferente com o distanciamento social ao que estavam acostumados
para manter um bom relacionamento com o cliente. A alternativa que eles
encontraram foi passar a atuar de forma online, o que acelerou a transformação
digital e afetou o comportamento dos consumidores, que se tornaram mais
exigentes e empoderados. Com isso, o uso da tecnologia tornou-se um grande aliado
nesse período.
Por conta disso, para atender esse novo perfil, as marcas passaram a utilizar
os meios digitais como principais canais de vendas, como Facebook, Instagram,
Tik Tok, WhatsApp, e-commerce e soluções inovadoras como live Commerce e modelo
CTM (consumer-to-manufacturer) para ajudar o setor a comercializar os seus
itens durante o isolamento social.
Podemos dizer
que esses novos recursos já são uma realidade no dia a dia das pessoas e que
têm ajudado o varejo a se reerguer financeiramente. Segundo levantamento da
Associação Brasileira de Comercio Eletrônico (ABComm), as vendas online
registraram um aumento de 68% em 2020, atingiram um faturamento de R$ 126,3
bilhões, e tiveram mais de 300 milhões de pedidos realizados.
Da mesma forma, uma pesquisa divulgada pela McKinsey, empresa de consultoria,
revelou que oito entre dez consumidores buscaram novas marcas, lojas ou mudaram
a maneira de consumo durante a Covid-19. Além disso, 40% dos entrevistados
afirmaram que vão gastar mais no e-commerce mesmo após a pandemia.
Porém, mesmo diante de tantas vantagens em relação ao comércio eletrônico,
ainda há muitas pessoas que preferem se deslocar até uma loja física. Isso
porque existem alguns produtos que devem ser experimentados e testados.
Por este motivo, o conceito de omnichannel tem crescido cada vez mais e se
tornado um grande aliado para as lojas que querem atender esse público e tornar
a experiência cada vez mais personalizada. Assim, o usuário pode adquirir no
ambiente online e retirar no espaço físico e vice-versa. Isso dá ao público a
opção de escolha sobre a forma como ele quer se relacionar com a marca e a
possibilidade de conhecer e tocar no produto antes da finalização da compra.
Diante desses insights, é fato que o setor varejista nunca mais será o mesmo.
Isso porque os hábitos de consumo mudaram muito nos últimos tempos. Por isso, é
importante que os lojistas saibam onde o seu cliente está, pois nada adianta o
empreendedor criar um estabelecimento em um local bem estruturado se o público-alvo
prefere a internet para obter seus produtos, por exemplo.
Por isso, é preciso fazer uma análise bem minuciosa e identificar as personas
para definir as melhores estratégias a seguir. Diante desses fatos, as lojas
físicas estão longe de acabar, mas de certa forma quem não estiver adaptado ao
universo digital ficará para trás e perderá espaço perante seus concorrentes.
*Jefferson Araújo é bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade
Federal da Paraíba, Jefferson possui MBA em Gerenciamento de Projetos e mais de
10 anos de experiência com Desenvolvimento de Software, Gestão de Projetos e
inovação. O empreendedor possui uma grande vivência na Gestão de Projetos e
Negócios de PD&I atuando diretamente com as principais indústrias de Eletroeletrônico
do país. Atualmente ocupa a posição de CEO na Showkase.
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Fonte: Redação Smart Business
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