Você já ouviu falar em Economia Colaborativa? Especialista chama atenção para iniciativas que têm promovido o combate à produção desenfreada, fomentando o sistema de trocas e reutilizações como tendência mundial.
A economia
colaborativa tem crescido consideravelmente nos últimos anos. De acordo
com levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço
de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) o número de pessoas que têm considerado
adotar as práticas de consumo colaborativo passou de 68%, em 2018, para 81%, em
2019. A pesquisa feita com 800 brasileiros nas 27 capitais ainda revela que 74%
dos entrevistados dizem que já utilizaram os serviços de permutas e
compartilhamento de bens e serviços pelo menos uma vez na vida.
A economia
colaborativa está presente em feiras, bazares, brechós e até na internet, e
alcança cada vez mais novas formas de fazer negócios, os quais estão provando
que é possível consumir gastando pouco ou totalmente sem dinheiro, por meio de
permutas, por exemplo. Atualmente é possível suprir demandas por bens e
serviços com base na troca utilizando meios tecnológicos que aproximam as pessoas
e facilitam as transações.
O
especialista em empreendedorismo e inovação e em economia compartilhada, Rafael
Barbosa, destaca que o modelo vem ganhando força principalmente desde a
ocorrência da crise internacional de 2008, que ainda causa efeitos no Brasil. “O consumo desenfreado está sendo considerado
insustentável e as economias colaborativa e compartilhada tem se firmado como
alternativas viáveis em substituição”. Segundo ele, os modelos colaborativo
e compartilhado se complementam. “Isso
ocorre na medida em que se disponibiliza um bem ou serviço que está
ocioso para o uso de outras pessoas, de modo a gerar benefício para quem
adquire e receita para o proprietário”, completa.
Estimulado
pelo contexto de crise econômica, o Brasil tem se destacado com iniciativas
nesse segmento de negócios. A tendência é confirmada por um estudo da IE
Business School, publicada em 2016, que revela que das 107 iniciativas
analisadas na América Latina, 32% foram fundadas no Brasil. O país ficou bem à
frente de Argentina e México, com 13% em ambos casos, e Peru, com 11%.
Permutas
Rafael
Barbosa também viu na tendência da economia colaborativa um importante viés
para o desenvolvimento do seu negócio. Ele é fundador da plataforma de permutas
multilaterais XporY.com. O empresário fundou a empresa em 2014, quando voltou
de uma viagem aos Estados Unidos e resolveu apostar nos modelos de plataformas
de permutas criadas no país norte-americano. A plataforma surgiu com o objetivo
de promover a economia colaborativa, mostrando uma outra alternativa para
profissionais e empresas gerarem valor com seus serviços e produtos. A empresa
surgiu graças ao incentivo do programa Tecnova, da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e graças a Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep), em âmbito federal.
A startup,
que começou pequena, hoje já está em fase de scale up - fase de escalonamento
ou crescimento - tendo alcançado desenvolvimento consolidado no últimos anos,
reunindo atualmente mais de 8 mil associados em todo país.
Na
plataforma, profissionais autônomos e empresas oferecem os mais variados
serviços e produtos em troca de outros. Tudo é negociado na moeda virtual X$,
que é equivalente ao Real. “O associado
precifica em X$ seu serviço ou produto anunciada, na mesma proporção que o
comercializa em reais, e quando alguém adquire do que ele oferece, o vendedor
acumula X$ que podem ser trocados por quaisquer outros serviços e produtos
disponíveis dentro da plataforma”, explica Rafael.
De acordo com
dados da CNDL e do SPC Brasil, serviços de carona (42%) e aluguel de imóveis
(38%) seguem como as modalidades de consumo mais compartilhados. O levantamento
ainda destaca que 91% dos usuários se dizem satisfeitos com os serviços e
produtos prestados, além de 40% considerar que economizaram recursos.
Rafael relata
que pela plataforma são trocados bens novos e usados de qualquer valor, tendo
inclusive já realizado permutas de veículos e diversos imóveis. Para se
cadastrar gratuitamente na plataforma, o interessado deve acessar o site www.xpory.com. Além da
ausência do custo de adesão, os membros da plataforma também não pagam um valor
mensal de manutenção e nem comissão sobre as vendas no site. “Com a XporY.com, somente na hora de consumir,
é que paga-se apenas uma taxa de 10% em reais sobre o valor da compra”,
explica Rafael.
Ele avalia
que, neste cenário de consumo consciente, as práticas que estimulam
reaproveitamento de recursos, giro de produtos em estoque e que alavancam a
prestação de serviços entre diversos públicos de forma econômica são positivas
e acompanham uma tendência de crescimento contínuo. Em sua visão, é necessário
que tanto empreendedores quanto consumidores estejam preparados para aproveitar
as melhores e inovadoras oportunidades que surgem a cada dia.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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