*Artigo Escrito Por Thiago Lima, CEO e fundador da LinkApi
Para uma
grande maioria, empreender é ganhar fama, dinheiro e reconhecimento, porém nem
sempre é assim. Acompanho muitas pessoas que acreditam que o mundo das startups
funciona da seguinte maneira: um certo dia, você acorda todo animado, porque
teve uma ideia genial que ainda não existe, e que vale milhões, o tempo passa e
você comenta com outras pessoas, então chega um investidor e diz: "quero
investir 1 milhão na sua ideia, quando podemos começar?". No outro dia,
você começa a contratar diversos funcionários, e em paralelo, constrói um
grande escritório, todo colorido, com mesas de ping-pong, bilhar e tudo mais.
Porém, a realidade do mundo das startups é muito diferente do que as pessoas
imaginam.
Nesse artigo,
o objetivo não é deprimir ou desencorajar futuros empreendedores, e sim,
apresentar verdades que não são ditas sobre esse mundo tão distorcido e
apresentado para muitos como um parque de diversões.
1
Empreender não é pra qualquer um
Não é correto
dizer que empreender é uma tarefa fácil. Atualmente, o empreendedorismo vem
ganhando espaço como uma ideia de que todos podem entrar no ramo, basta ter
muita vontade, acreditar no seu sonho e tudo dará certo, mas posso garantir que
não é assim que acontece. São poucas pessoas que estão preparadas e dispostas a
viver nas condições de um empreendedor no estágio inicial de uma startup.
2
Você vai precisar de saúde financeira e mental
Não é do dia
para noite que todo o seu tempo e dinheiro retornará. Para gerar um negócio, é
preciso estar muito bem psicologicamente, pois as contas ficarão cada vez mais
altas e desistir será uma opção com o passar do tempo. Existe uma grande
possibilidade que no primeiro ano de trabalho o retorno seja zero, o que te
deixará sem salário e sem distribuição de lucros, caso contrário, você estará
correndo risco de não conseguir viabilizar a empresa financeiramente.
Além disso, é
necessário planejar todos os passos da sua trajetória. Para que não haja nenhum
impacto negativo em relação às pessoas envolvidas, como sua família e
funcionários. Na prática, é provável que seja necessário reduzir sua qualidade
de vida, vivendo com o menor custo possível para a sobrevivência do seu sonho.
3
Você não terá tempo para sua família e amigos
No início de
uma startup, perdura uma grande possibilidade de trabalhar por mais de 12 horas
por dia, o que resultará em um curto tempo para estar com sua família e amigos.
Talvez, muitos acharão que você está louco e obsessivo por algo que ainda nem
existe. Certamente muitas pessoas vão se afastar, principalmente por não
acreditarem ou apoiarem o seu sonho.
4
Você não ficará milionário da noite para o dia - às vezes, nem ficará
A onda das
grandes startups bem sucedidas, trouxe esperança para muitos brasileiros
equivocados sobre ficar milionário rápido. Encontra-se uma grande diferença de
cultura em comparação ao Vale do Silício nesse sentido, pois os empreendedores
americanos entendem que para realizar algo com sucesso, há um grande processo
de consistência e construção do negócio.
Com a ilusão
criada pelos brasileiros de que é apenas necessário ter uma ideia e conhecer um
investidor com muito dinheiro e como um passe de mágica você acorda milionário,
a notícia acaba sendo triste. Todos os cases de startups bem sucedidas, seja no
Brasil ou em outro país, foram realizados em um processo de anos, fazendo as
coisas certas, no tempo certo, com muitos erros e aprendizados.
5
Empreendedor não tem nada a ver com ser famoso
Ser
empreendedor não tem relação necessária com a fama. Há uma quantidade enorme de
proprietários bem sucedidos e que são desconhecidos pela mídia. Quem
normalmente está presente na mídia é porque quer apoiar e incrementar a rede de
empreendedores.
De acordo com
uma pesquisa feita pelo IBGE em 2018, de cada dez empresas no país, seis não
sobrevivem após cinco anos de atividade, o que indica que atualmente apenas 40%
dos empreendimentos conseguem ultrapassar cinco anos de existência.
Criar um
negócio é impactar os consumidores positivamente com um sonho. Isso tem um
preço e exige suor, lágrimas, desespero, confusão, tristeza, cansaço,
responsabilidade e muita coisa que te fará repensar mil vezes se é isso que
você quer da sua vida. Se você deseja um dia empreender, não acredite que é
divertido e que qualquer um pode fazer isso, pois entrar nesse ramo é algo
extremamente sério e não tem nada a ver com diversão.
Sobre
Thiago Lima
Thiago Lima
(28) é CEO e fundador da LinkApi, plataforma que possibilita empresas desenvolverem,
monitorarem e distribuírem integrações entre diferentes sistemas. Thiago
começou a programar aos 12 anos. O garoto do Grajaú, periferia da Zona Sul de
São Paulo, viu na tecnologia a oportunidade de conseguir seu próprio dinheiro.
Ainda jovem, com 17 anos, fundou seu primeiro negócio e, após uma frustração,
decidiu transformar seu esporte em profissão, o MMA, e em dois anos conseguiu o
feito, realidade até sua quinta luta profissional, que foi finalizada por um
acidente no tatame. Por conta disso, voltou para a área de tecnologia e iniciou
uma Especialização em Ontopsicologia, na AMF (Antonio Meneghetti Faculdade). A
LinkApi nasceu em 2017 por meio de um projeto de Venture Builder da FCamara,
quando Thiago era diretor de inovação da empresa. Em seis meses, a startup teve
ótimos resultados e, como CEO, ele tomou a decisão de fazer o spin-off da
builder e transformar a LinkApi numa empresa independente. O trabalho de Thiago
como CEO da LinkApi inclui desenvolvimento de produto, relacionamento com
investidores e formação de pessoas – nesse pilar ele ministra aulas de
filosofia para os colaboradores, com o objetivo de desenvolver as pessoas. Hoje
a empresa possui mais de 100 clientes entre Samsung, Leroy Merlin e Linx.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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