Em matéria publicada no site
Exame.com nesta última semana, a Cervejaria Holandesa Heineken apresentou
balanço acima das estimativas, confirmando seu crescimento exponencial e
consolidado no mercado brasileiro. Atualmente, a Heineken se tornou a
maior desafiante da poderosa ABInBev, dona de marcas como Skol,
Stella Artois e Corona.
Segundo os números
divulgados pela empresa, a Heineken superou a expectativa de
analistas do mercado, com um crescimento no volume de cerveja de 4%, e lucro
operacional de 4,4 Bilhões de Euros no trimestre. O balanço acima do previsto
deve fazer a cervejaria holandesa manter o bom momento na bolsa de valores, com
alta de 10% em suas ações no último mês.
O grande desafio da Heineken
ainda é o de superar a poderosa ABInBev que por meio de uma série de
fusões e aquisições nos últimos anos domina mais da metade dos lucros do
mercado mundial de cervejas. Com um terço do tamanho da maior concorrente, a Heineken
vem crescendo em todas as regiões que atua. Seu volume de produção cresce
puxado por mercados como o Brasil, México, Vietnã e África do Sul. A boa
noticia para a companhia, é que as vendas de sua cerveja mais icônica, que lhe
rende margens maiores, a verdinha Heineken, cresceram ainda mais no
último trimestre, chegando a 7,7%.
Segundo estimativas de
analistas, o volume de produção da empresa deve continuar crescendo, de 218
milhões de hectolitros em 2017 para 248 milhões em 2020, num ritmo na casa dos
3% ao ano. O lucro deve avançar ainda mais, fechando próximo a 5% ao ano.
Para muitos especialistas, o
grande segredo para o crescimento acima do esperado da marca Heineken
está no fato de que sua principal concorrente no mercado brasileiro se posiciona
em todos os segmentos de mercado, mas tem sua fortaleza e carro chefe nas
marcas mais baratas. Em contrapartida, a cervejaria holandesa se beneficia de
seu posicionamento em um segmento de cervejas premium, embalada pelo
hábito de consumo do brasileiro que tem buscado por cervejas de maior qualidade
e status de marca. Além disso, o grande número de ações de marketing,
investimento em eventos patrocinados, e aquisição de espaços publicitários
alinhados ao perfil do consumidor ter feito a marca conversar mais e melhor com
seus potenciais clientes, tornando a “verdinha” cada vez mais presente e
lembrada na memória dos brasileiros.
Ao mesmo tempo em que os
números garantem a Heineken como principal concorrente da ABInBev, a empresa tem
enfrentado dificuldades no abastecimento de diversos bares em São Paulo,
causado pelo excesso de demanda em suas fábricas.
Desde que comprou, em 2017,
a operação da japonesa Kirin no Brasil, o país passou a ser uma das prioridades
globais da cervejaria. Segundo relatório do banco Bradesco BBI, a Heineken
pode conquistar até cinco pontos percentuais de participação de mercado em
cinco anos, chegando a 25% do total. Mas, as dificuldades logísticas podem
dificultar a ascensão.
No Brasil, a capacidade
operacional da empresa deve ser posta à prova nas próximas semanas, durante o
Carnaval.
Fonte: Site Exame
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